quinta-feira, 23 de maio de 2013

Ottobock será parceira das Paralimpíadas do Rio 2016



Fonte: http://lazarolamberth.wordpress.com/tag/proteses/page/2/

A empresa alemã é a fornecedora oficial de serviços técnicos em protética, ortótica e cadeiras de rodas das Paralimpíadas de Londres
A Ottobock, fabricante alemã de próteses, equipamentos e tecnologia ortopédica, e o Comitê Paralímpico Internacional assinaram, nesta sexta-feira (31), em Londres, um termo de cooperação para as Paralimpíadas de 2016, no Rio de Janeiro. O documento estende a condição da Ottobock de fornecedora oficial de serviços técnicos em protética, ortótica e cadeiras de rodas das Paralimpíadas de Londres (que terminam no próximo dia 9), para os Jogos que acontecerão dentro de quatro anos.
A empresa começou sua parceira com as Paralimpíadas, provendo serviços técnicos, nos Jogos de Seul, em 1988, e desde então fez cerca de 10 mil consertos em equipamentos ou próteses dos atletas durante as competições.
O presidente do Comitê Paralímpico Internacional, Philip Craven, ressaltou que a companhia alemã é uma parceira de grande importância para a entidade, e que, através da parceria, “ela disponibiliza uma riqueza de experiência e conhecimento que beneficia todo o Movimento Paralímpico. Nós estamos ansiosos para trabalhar com a Ottobock em 2016, nos primeiros Jogos Paralímpicos da América do Sul”.
O CEO da Ottobock, Hans Georg Näder, destacou o fato de os atletas terem um impacto como modelos muito além dos esportes, e acrescentou que a empresa, com seu know-how técnico e o entusiasmo de toda sua equipe ao redor do mundo, quer “continuar a escrever a história de sucesso do Movimento Paralímpico”.
O Movimento Paralímpico atual começou em 1948, com os Jogos de Mandeville, organizados pelo médico Ludwig Guttmann na localidade a 75 quilômetros de Londres – os jogos atuais celebram a sua “volta para casa”, a Inglaterra.

a ortopedia técnica de séculos passados

Fonte: http://passofirme.wordpress.com/2012/09/30/proteses-vintage-a-ortopedia-tecnica-de-seculos-passados-parte-1/

Como eram alguns braços e pernas mecânicos antes das atuais tecnologias
Hoje fala-se tanto em robótica, tecnologia biônica, nanotecnologia… como sendo o futuro das tecnologias que brevemente estarão equipando as órteses e próteses ortopédicas. Mas como eram os braços e pernas mecânicos antes do advento das tecnologias?
A partir desta semana o Blog Passo Firme estreia Próteses vintage – a ortopedia técnica de séculos passados, uma série especial de três matérias que mostrarão como era a ortopedia técnica de séculos passados. A maioria das imagens é do Museu de Ciência de Londres (Science Museum, London). Vale o passeio e a reflexão: poderia se imaginar usando um dos componentes abaixo?
1. Braço de metal articulado, 1500
Este braço artificial de ferro fundido data de 1500, ano do descobrimento do Brasil. Ligado ao corpo por meio de correias e dobradiças de metal, a prótese permitia certa gama de movimentos. A mão, virada para dentro, possuía uma articulação no pulso que possibilitava o usuário movê-la verticalmente, como se fosse apertar a mão de alguém. Um globo de metal oco funcionava como a articulação do cotovelo substituto
Nesta época, o médico militar francês Ambroise Paré (1510-1590) ganhou experiência como cirurgião privado para generais do exército francês. Ele produziu livros sobre cirurgia em que ele descreveu novas operações e tratamentos. Estes escritos descrevem substitutos artificiais que desenvolveu para substituir membros amputados. Alguns eram simples. Outros foram elaborados com dispositivos altamente mecanizados para simular o movimento natural e função do membro.
2. Braço de ferro, 1560-1600
Nesta prótese para um braço esquerdo, o antebraço e a mão são totalmente articulados. Ela foi adquirida da coleção particular de Noel Hamonic (1850-1928) por Henry Wellcome, em 1928. Quando Hamonic recolheu o braço, ele foi pensado para ter pertencido a Götz von Berlichingen, que viveu entre 1480 e 1562. Berlichingen era um cavaleiro alemão que ficou famoso porque perdeu um braço na batalha de Landshut, em 1503.
3. Perna bota de couro, 1891
Esta perna artificial, que mais parece uma bota de couro atada ao joelho, foi projetada para alguém que teve seu pé direito amputado logo acima da articulação do tornozelo. O pé de madeira e o tornozelo são articulados. A fixação da perna é suportada pela barra de aço forte.
4. Perna mecânica transfemoral, 1918
5. Perna para desarticulação de quadril, 1928
Prótese projetada para alguém com uma desarticulação do quadril, quando a amputação é alta à altura do quadril, envolvendo a remoção da perna e quadril. Observe que a parte interna do encaixe é acolchoada. A prótese é de metal oco e leve e a articulação do joelho bloqueia por meio de um mecanismo de roldana. Esta prótese, montada no Hospital Queen Mary, em Roehampton, Surrey, pode ter sido feita para um paciente que perdeu a perna durante a Primeira Guerra Mundial, conflito onde cerca de 41 mil militares britânicos perderam um ou mais membros.
6. Braço mecânico para alimentação
Este braço protético, à base de aço e couro, foi feito para um amputado abaixo do cotovelo e, como diferencial, possui uma mão removível para acoplagem de garfo e faca para alimentação, para que o usuário possa alimenta-se sem auxílio.

Ortopedia Técnica no Brasil completa 100 anos

Fonte: http://passofirme.wordpress.com/2012/12/15/ortopedia-tecnica-no-brasil-completa-100-anos/

abotec-100anos
Apesar do histórico e tradição, profissão ainda não foi reconhecida e regulamentada
Completar 100 é um evento a ser celebrado. É um momento para relembrar com orgulho como tudo começou e, ao mesmo tempo, pensar no futuro. Em 2012, a profissão de ortesista e protesista ortopédico chega à marca centenária no Brasil, e embora tenha muitos motivos para comemorar, entre eles resistir ao tempo, evoluir junto com a humanidade, mostrando a mesma eficiência e importância para o público que atende, no Brasil, nem tudo são flores.
De acordo com dados da última pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), em 2010, existem 45,6 milhões de pessoas com deficiência e que precisam de algum tipo de serviço especializado assistivo, o que representa 23,9% da população.
Para atendê-los, há apenas em torno de mil ortesistas e protesistas ortopédicos capacitados, número que se mostra inferior extremamente inferior à demanda. Para fazer com que o número da demanda e de profissionais capacitados estejam em sincronia, faz-se necessária a regulamentação da profissão de ortesista e protesista ortopédico, bandeira que a Associação Brasileira de Ortopedia Técnica (Abotec) defende desde sua criação há mais de 20 anos e desde 2005, com o Projeto de Lei nº 5.635-A, elaborado com a colaboração do deputado Onix Lorenzoni.
A associação entende como consequência que o trabalho exercido pela categoria é tão importante quanto o de cirurgiões, e que a regularização das atividades de ortesistas e protesistas ortopédicos podem beneficiar diretamente os usuários, trazendo mais qualidade para o atendimento de pessoas em reabilitação e para produção e manutenção de produtos de tecnologia assistiva.
Outro impacto positivo é a melhoria na fiscalização, que atualmente é realizada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e pelas Vigilâncias Sanitárias regionais. Embora esses órgãos se esforcem, o trabalho de fiscalização ainda é insuficiente e não há especialização necessária. Com a regulamentação da profissão, será possível ser um Conselho de Classe que poderá atuar firmemente nesta questão.
A ABOTEC tem realizado diversas ações, como o envio de cartas para a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania da Câmara e petições online para que a aprovação do projeto de lei tenha andamento, mas a caminhada ainda será longa. O PL terá que passar pelo plenário da Câmara e pelo Senado Federal.
Até agora, todos os processos de tramitação do PL já somam sete anos e tendo em vista que o Brasil será sede dos Jogos Paraolímpicos de 2016, é imprescindível que haja uma mobilização da sociedade e, principalmente, do poder público, para acelerar o processo de aprovação do PL, bem como repensar em ações que beneficiem direta ou indiretamente os usuários de órteses e próteses ortopédicas.

Mão biônica (ATUALIZADO 2013)

Publicado em 19/02/2013 | Atualizado em 12/03/2013
Mão biônica
 
A mão biônica possui sensores que vão captar a informação sensorial do toque e enviá-la ao nervo do paciente via eletrodos implantados no braço. (foto cedida por Silvestro Micera)
Os últimos dois anos foram salpicados de notícias sobre braços biônicos movidos pelo pensamento. Um dos primeiros foi o experimento conduzido pelo neurocientista brasileiro Miguel Nicolelis, da Universidade Duke (EUA), que fez um macaco com eletrodos ligados no cérebro movimentar um braço mecânico. Depois, cientistas da Universidade de Brown (EUA) anunciaram que o implante de um chip no cérebro de uma paciente paraplégica a permitiu controlar um braço robótico a sua frente. Agora o engenheiro biomédico Silvestro Micera, da Escola Politécnica Federal de Lausanne, na Suíça, promete dar mais um passo adiante nesse campo.
Durante o encontro anual da Associação Americana para o Progresso da Ciência (AAAS, na sigla em inglês), em Boston, Micera anunciou que nos próximos meses vai implantar pela primeira vez em um paciente amputado uma mão biônica capaz de oferecer ao usuário a sensação do toque em tempo real.
Quando o paciente pensar nos movimentos que deseja fazer, os eletrodos captarão os sinais neurais que viajam do cérebro até o nervo e os traduzirão para a máquina, que se moverá de acordo
Diferentemente das experiências citadas no início do texto, a mão biônica de Micera não precisa ser conectada ao cérebro, origem dos sinais neurais. O dispositivo usa eletrodos ligados ao nervo do paciente – nesse caso, aos nervos mediano e ulnar, que ficam no braço.
Quando o paciente pensar nos movimentos que deseja fazer, os eletrodos captarão os sinais neurais que viajam do cérebro até o nervo e os traduzirão para a máquina, que se moverá de acordo.
Em 2009, a equipe de Micera já havia feito um experimento bem-sucedido com um paciente amputado, que conseguiu mover um braço biônico temporariamente ligado ao nervo do braço. A prótese, no entanto, não foi fixada ao corpo do paciente e também não havia o feedback sensorial. No próximo experimento, será usada uma nova mão mecânica com vários sensores táteis, nos dedos e na palma, que enviarão sinais elétricos de volta ao cérebro do usuário.

Veja vídeo do experimento, produzido pela equipe de Micera


“Com a informação sensorial, será muito mais fácil e natural para o paciente controlar a mão mecânica. Ao pegar algum objeto, por exemplo, ele vai saber quando deve parar de apertar”, diz o cientista. “Espero que nosso experimento inaugure uma nova era no campo das próteses, abrindo caminho para tecnologias cada vez mais eficientes.”
O paciente deve usar a nova prótese por cerca de um mês sob observação. Se o novo modelo se mostrar eficiente, o cientista planeja um teste clínico mais longo, de três anos. Estudos com camundongos já mostraram que os eletrodos implantados no nervo são duráveis. Até agora, funcionaram por cinco anos sem problemas.

Menos invasivo

Segundo Micera, as principais vantagens da sua técnica em relação aos experimentos que captam os sinais neurais diretamente no cérebro são a praticidade e o conforto para os pacientes.
“Uma amputação não é uma desabilidade severa e penso que é muito invasivo implantar um dispositivo no cérebro”, diz. “Pode ser que no futuro essa seja uma opção melhor, mas creio que os experimentos como os feitos por Nicolelis hoje demorariam cerca de 10 ou 15 anos para se tornarem aplicáveis de um modo prático em amputados e paraplégicos.”
O cientista também aponta que usar o nervo como porta de entrada dos sinais sensoriais pode ser mais natural e fácil do que usar o cérebro diretamente. “Com a nossa abordagem, entregamos o sinal ao nervo e o sistema nervoso periférico faz o resto sozinho; ele se encarrega de levar a mensagem do braço para o cérebro”, explica. “Se você trabalha com o córtex cerebral, tem que pegar a informação sensorial e entregar ao sistema nervoso central de modo artificial, cortando caminho.”
Mão biônica 2
Eletrodos implantados no braço do paciente recebem os sinais de movimento enviados pelo cérebro e enviam de volta ao sistema nervoso central as informações de tato vindas de sensores distribuídos na superfície da mão biônica. (foto cedida por Sivestro Micera)
Micera não descarta, no entanto, a validade dessas pesquisas e diz esperar que no futuro as duas abordagens sejam combinadas e adequadas ao perfil de cada paciente.
Em conferência também no encontro da AAAS, Nicolelis afirmou que o objetivo inicial de suas pesquisas não era criar dispositivos e produtos para melhorar ou aumentar as funções do corpo, mas sim estudar a plasticidade do cérebro.
Para o neurocientista Gregoire Courtine, da Escola Politécnica Federal de Lausanne, o maior desafio da neurociência hoje é justamente fazer a ponte entre a ciência básica e a aplicável. “Nosso campo é a atual esperança para pessoas paraplégicas e amputadas, espero que consigamos corresponder em curto prazo as expectativas que são investidas na área e não falhar como a genética tem falhado.”

Fazendeiro constrói suas próteses

Ele criou seus braços a partir de sucata e pretende ajudar outras pessoas com deficiência.
 

Fonte: http://www.megacurioso.com.br/invencoes-malucas/28490-tony-stark-chines-sem-antebracos-fazendeiro-constroi-suas-proteses.htm

Com as próteses, o fazendeiro pode trabalhar e sustentar a família

A história do chinês Sun Jifa é de surpreender: ele realmente incorporou o melhor do estilo “Tony Stark” e desenvolveu seus braços biônicos sem ao menos ter mãos para isso.

Esse fazendeiro, que mora no norte da China, perdeu os dois antebraços em uma explosão acidental de uma bomba caseira e viu que não teria como pagar pela prótese oferecida pelo hospital. Como ainda necessitava trabalhar e sustentar a família, Jifa decidiu solucionar o problema sozinho e passou oito anos desenvolvendo e planejando vários protótipos até chegar ao modelo ideal.

Seus braços robóticos foram feitos de sucata e, segundo o próprio fazendeiro, são bastante funcionais, pois permitem que ele realize qualquer atividade como uma pessoa normal. Para controlá-los, Jifa afirma que só necessita movimentar os cotovelos.

Com base em sua experiência, o “Tony Stark chinês” pretende produzir outros protótipos para ajudar pessoas com deficiência, mostrando que não haveria necessidade em pagar fortunas nos hospitais.

Americana recebe implante de braço biônico

A ex-fuzileira naval Claudia Mitchell
 

Claudia Mitchell, uma ex-fuzileira naval americana, se tornou a primeira
 mulher a receber  o implante de um braço biônico, que pode ser controlado
 por impulsos emitidos pelo cérebro.
 
 

Claudia Mitchell, que perdeu todo o braço esquerdo num acidente de moto, agora só
 precisa pensar
 no movimento que quer fazer, para acionar o braço mecânico.

O novo braço é movido pelos músculos do peito que foram reconectados às terminações
 nervosas do
 braço verdadeiro que permaneceram intactas após o acidente.




Pequenos sensores implantados no corpo de Claudia captam o movimento dos nervos
 e amplificam a mensagem para o braço mecânico.

Guerra

A tecnologia foi desenvolvida por cientistas do Instituto de Reabilitação de Chicago.

Anteriormente, eles implantaram dois braços mecânicos em Jesse Sullivan, vítima de
um acidente industrial.



Jesse Sullivan
 
Jesse Sullivan teve dois braços biônicos implantados no ano passado


Jesse, que já usa os braços biônicos há cerca de um ano, disse que com o passar do tempo
 aprendeu a usar melhor os membros artificiais.

Por enquanto, o braço mecânico não tem sensibilidade, mas os cientistas acreditam que no
futuro será possível levar ao cérebro impulsos tácteis colhidos por sensores instalados na
superfície dos membros biônicos.

Os cientistas esperam poder utilizar a tecnologia na implantação de braços e pernas
 mecânicas em soldados mutilados nas guerras do Iraque e do Afeganistão.

terça-feira, 21 de maio de 2013

EXTRA



Gato amputado recebe prótese dupla de patas traseiras

Um gato recebeu duas próteses no lugar das patas traseiras, em um procedimento veterinário pioneiro realizada na Grã-Bretanha.
Oscar, que perdeu os dois membros em um acidente com uma ceifadeira, teve as próteses conectadas ao corpo através de "pinos" ao redor dos quais a equipe conseguiu fazer crescerem ossos e pele.
A operação foi realizada pelo cirurgião veterinário Noel Fitzpatrick, que tem um consultório em Surrey, nas proximidades de Londres.
Os membros artificiais foram desenvolvidos por uma equipe de engenharia biomédica da University College of London sob orientação do professor Gordon Blunn.
"A verdadeira revolução com Oscar é que colocamos um pedaço de metal em uma rosca na qual a pele se cresce e vira um osso extremamente resistente", disse o professor Blunn no documentárioThe Bionic Vet – O Veterinário Biônico, em tradução livre –, que a BBC fez sobre a operação.
"Conseguimos fazer com que o osso e a pele cresçam dentro do implante e desenvolvemos uma ‘exoprótese’ que permite que esse implante gire e se movimente na extremidade do membro do animal, para dar-lhe balanço normal."
A técnica serve como substituto à colocação de próteses fixadas ao corpo através de meias. O lado negativo deste tipo de técnica, disse o professor Blunn, é que muito frequentemente a pressão e a fricção entre o corpo e o membro artificial geram feridas.
Prótese é fixada ao corpo do animal através de pino
A colocação das patas em Oscar serve de experiência com o que os médicos chamam de próteses de amputação intraósseas transcutâneas (Itaps, na sua sigla em inglês), que utilizam conhecimentos de engenharia mecânica e biologia.
Este tipo de tecnologia já está sendo testada em seres humanos, incluindo o caso de uma mulher que perdeu um braço nos atentados a bomba no sistema de transporte de Londres em julho de 2005.
Para Blunn, o sucesso da operação de Oscar mostra o potencial desse tipo de tecnologia.
"Noel (o veterinário) tem ideias brilhantes. E estamos continuando a trabalhar juntos para desenvolver novas tecnologias."